árvores, as maiores eram deixadas no lugar juntamente com a vegetação rasteira. As transportáveis iam para as tabas, deixando o sítio semidesbastado a secar durante três meses, findos os quais os índios ateavam fogo ao que remanescera, servindo a cinza e os troncos em parte carbonizados, para adubo das plantações. Os pedaços de galhos e outros resíduos aproveitáveis serviam para armar parreiras rudimentares, necessárias às favas e mais espécies de haste longa e flexível.
Para o amanho da terra não dispunha o aborígene de enxadas, nem nada que se parecesse, nem a picareta que nesta altura é vista entre certas tribos negras do golfo de Guiné. Recorriam apenas, no dizer de antigos missionários e viajantes, a uns "paus tostados agudos" coma os chuços dos igbigrapuajara, com que cavavam a terra, removendo-a a seguir com as mãos. O trabalho do plantio incumbia no geral às mulheres, mas não se pode generalizar a respeito de índios e convém não tirarmos conclusões definitivas com tão parcas informações. No consenso geral, admite-se ficarem reservadas ao homem, a tarefa em que era preciso mais força e destreza(64). Nota do Autor