palmas viníferas, sai para a caça, fuma ou dorme placidamente.
Crescem as plantas em redor da choça, muitas colhidas duas vezes ao ano. As bananeiras se reproduzem na própria touceira, quanto às palmeiras, estas não requerem cuidado algum, dispensando limpem-lhe os pés da vegetação bravia. Para que cálculos previdentes? Não é muito preferível deixar-se ficar em despreocupada modorra? Sobejarão mais tarde tarefas exaustivas, quando esgotado o solo tornar-se-á preciso procurar outro em condições de alimentar a tribo. Uma vez cansada a terra será substituída por outra, numa sequência em que volvidos dez ou vinte anos, tornarão os pretos ao ponto de partida, que neste espaço, estará outra vez coberto de densa capoeira em vias de se transformar em mata frondosa, sobre solo novamente carregado de húmus. O ciclo fecha-se à maneira dos primitivos, bem diversa da mentalidade e costumes dos civilizados ocidentais, "on fait bon marché de ce que les Europeéns considerent leur principale richesse, le temps".
Fere a seguir Wilbois a mesma tecla dos etnólogos americanos a respeito do gentio, "Paresseux? Non point". O preto como o civilizado sabe distinguir o vadio do laborioso. É mal visto o que deixa pela metade o desbaste da mata, aquele que não conclui a palhoça; a não ser que sofra qualquer contratempo inutilizando-o. Por aí vemos como é difícil