e se escandelizarão e tiverão delle muito roim suspeita".
Aquele acinte se reproduziu nas bodas da filha de Duarte de Sá, segundo testemunho de Cristovam Paes d'Altero, vianês, filho de cristão-velho e cristã-nova, rendeiro dos dízimos de Igarassu para fazer jus à costela hebreia, em que aparece João Nunes "com calçõis e jubão de cetim", ao invés da "baeta, çafada, e com os cotovellos rotos" do costume. Depois disto, chamado à Bahia, apresentou-se ao governador-geral "vestido de veludo lavrado com muitos criados", dando oportunidade a Cristovam d'Altero fazer-lhe reparos à elegância por zombaria, a que respondeu do mesmo modo. Ambos tinham sido simultaneamente eleitos para figurar na Confraria do Santíssimo de Olinda, Cristovam como juiz, e João Nunes como mordomo, onde tiveram alguma convivência.
No estreito ambiente propício às más-línguas, o caso da indumentária enxertou-se num outro de maior importância. Amancebara-se o usurário com a mulher de certo oleiro, que do Brasil fora para Angola, o qual tornando a Pernambuco veio encontrá-la vivendo de portas a dentro com o cristão novo. Ainda bem que desta feita não fosse o converso culpado do "nefando", e sim de amores com personagem do outro sexo, todavia, "foi grande escandalo em Pernãobuco verem que o ditto João Nunes fazia desfazer o casamento do matrimonio por causa do ditto