Antônio Conselheiro e Canudos

moderno, tais excessos não podem ser justificados, sobretudo tratando-se de guerra civil.(58) Nota do Autor

OS MAL INFORMADOS E APAIXONADOS

No Rio de Janeiro e dali para todo o Brasil, os jornais excitavam os republicanos com a notícia de que "os fanáticos do Conselheiro, com armamento moderníssimo e abundante munição, comandados pelo conde d'Eu, pretendiam restaurar a monarquia"!(59) Nota do Autor

Não obstante este suposto "perigo", mesmo assim, se digladiavam as várias facções dos partidos republicanos. E o Conselheiro é que era o responsável pelo risco que corria a república!

Em plena guerra de Canudos, em conferência realizada na noite de 24 de maio de 1897, no Politeama Baiano, Rui Barbosa não admite que o movimento seja pela restauração da monarquia. "Essa insimulação estólida, que encarnava em Antônio Maciel as reivindicações do monarquismo, nunca se deu sequer ao trabalho de autorizar com a mais tênue sombra de prova o libelo, cuja ferocidade se cevou em chamas e sangue. Ninguém logrou, até hoje, precisar o mais leve indício de mescla restauradora nos sucessos de Canudos."(60) Nota do Autor

Passada a borrasca, o mesmo Rui arrepende-se de não haver impetrado habeas corpus em favor dos canudenses."(61) Nota do Autor

Carlos de Laet exarou claramente o seu juízo: "Um grupo de sertanejos maltratados e espezinhados pela incúria do governo",

Antônio Conselheiro e Canudos - Página 30 - Thumb Visualização
Formato
Texto