Antônio Conselheiro e Canudos

Alude especialmente aos chuços, foices, facas, pedaços de paus e ferrão em riste, como armas da maioria.

E voltaram para Canudos, distante dali... quilômetros!

Perderam mais de cento e cinquenta companheiros mortos, fora os feridos, ao passo que o exército teve apenas dez mortos e dezesseis feridos.

Euclides acrescenta que também a força expedicionária fugiu, a marchas forçadas para Juazeiro: comandante e setenta homens válidos.(56) Nota do Autor

PRUDENTE AÇÃO DO GOVERNADOR LUIS VIANA

A este melancólico final da primeira expedição refere-se mais tarde o governador Luís Viana, procurando obstar a formação de novas forças. Eis as suas palavras, em cartas vazadas nos mesmos termos e dirigidas, respectivamente, ao presidente da república e ao ministro da guerra: "Nova expedição projetada era inteiramente desnecessária e talvez mais perigosa à ordem pública e ao bem-estar da zona que acudia do que o próprio Antônio Conselheiro. Basta dizer a V. Ex.ª que a força que combateu em Uauá — ao partir daí, saqueou todo o povoado, havendo soldados que chegaram a Juazeiro com um e mais contos de réis e não contentes com isto incendiaram o povoado."(57) Nota do Autor

Narra e comenta Aristides Milton: "Antes de se retirar, contudo, a força pusera fogo ao arraial, o que não se compadece, aliás, com a razão e a justiça. Porquanto, nem Uauá era habitado pela gente do Conselheiro, que ali estava apenas de pousada, nem que o fosse — nada acrescentava o brilho da diligência tamanho descomedimento, que até poderia prejudicar interesses de outros brasileiros, alheios inteiramente ao conflito. Nos tempos que correm, no estado atual da civilização, e perante os princípios do direito das gentes

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