Alentada série de publicações irradiava a novidade nos principais centros europeus, sucessivamente assinadas por Lessing, Ciccognara, Caylus, Piranesi, Cochin, etc., capitaneados por Winckelmann, sendo que, casualmente, a obra de Hancarville era ilustrada pelo homônimo de Louis, o hábil F. A. David. Outro importante trabalho sobre Nápole e o sul da Itália, a destacar vestígios antigos, eram os álbuns profusamente ilustrados do abade de Saint-Nom. Justamente, difundiam-se as realizações dos discípulos e imitadores de Piranesi, tais como Luigi Rossini, os quais reproduziam ruínas romanas vistas de vários ângulos para uso de arquitetos. Paralelamente, desenvolvia-se a técnica gráfica, destinada à propagação das Belas-Artes, como a gravura pontilhada a preto e branco ou a três cores, aplicada em chapas de cobre para simular pastel, à qual sucedeu a "acquatinta" para imitar a aquarela, e a "mezzo tinta", ou "manière noire" dos franceses, para reproduzir o nanquim, processos da maior utilidade na divulgação das Belas-Artes e do ensino artístico, visto que nem sempre os alunos e o geral da população estavam em condições de viajar para conhecer obras célebres.
Na longa vigência do "academismo davidiano", predominava o estudo da estatuária antiga, em que a evocação do belo helênico ocasionou o termo "academismo", entusiasticamente anunciado pelos cultores de personagens e cenários greco-romanos. A admiração suscitada ultrapassava o fenômeno de simples moda; foi instituído verdadeiro culto, no afã de desenhar com a máxima exatidão, principal virtude requerida a pintores e escultores. Timbrava David em dispor imagens como se fossem estátuas sobre fundos neutros, a fim de evitar o desvio da atenção do amador de pintura, expediente transmitido a seus seguidores, motivo de Serullas dizer: "ces oeuvres où la psychologie est absente", síntese da rigidez acadêmica, que misturava predileções artísticas e políticas na França, envolta pelos cataclismos da Revolução e do Império.
Cáustico manifestou-se Stendhal ao comentar o "engouement" dos seus contemporâneos, obedientes à exagerada imposição de regras aplicadas à arte. Afirmava que "pendant les