David propusera ao governo a conveniência "d'encourager les artistes qui consacrent leur talent a perpétuer le souvenir des assassinates des Royalistes", e indicava Wicar e Desvosge para a incumbência.
Entrementes, encapelava-se o curso da Revolução, morto Robespierre pelos republicanos, encarcerados David e Wicar sob graves acusações, em vias de subirem ao cadafalso, salvos milagrosamente pela anistia do "Brumaire de l'an IV", decretada pelos moderados quando chegaram ao poder. Esmaecido o caráter revolucionário, voltou-se David para o astro nascente, general que se cobrira de glória na Itália, instaurador de novos tempos, o atarefado mestre e aluno Jean Baptiste, em atividades proporcionadas sucessivamente pelo Diretório, Consulado e Império. Não duvidava o dirigente do Neoclássico de pintar os retratos de Pio VII, de grão-senhores poloneses, e efusivamente agradecer ao príncipe Yussupof a honra de lhe ter comprado o quadro Phaon e Sapho para figurar na sua coleção em São Petersburgo.
A França, depois do caos republicano, jazia em deploráveis condições, muito piores do que as do reinado de Luís XVI. Ansiosos os franceses por encontrar alívio para seus males, passaram do Diretório ao Consulado, inicialmente composto de três membros. Nessa altura, viviam com dificuldade grupos familiares dedicados às artes, representados pelos Taunays, Vernets, Deboucurts, Fragonards, etc., situação que sugeriu a Jean Baptiste ingressar, com auxílio de parentes, no professorado da Escola Politécnica, classe de desenho, meio de compensar a falta de clientes. Mas continuava com a pintura e, sem embargo do ensino, compareceu, apoiado por David, ao Salon de 1791, apresentando o quadro Regulus parte para Cartago, destinado a lhe granjear bolsa de estudos em Roma, projeto suspenso pelo seu casamento.