O artista Debret e o Brasil

ASCENSÃO DE DEBRET

Noivara Jean Baptiste com sua parenta Elisabeth Sophie Desmaisons, casados em "vendémiairre" do ano III da República (19 de agosto de 1798), precedido de longo contrato de 13 artigos, em que os pais do nubente comprometiam-se a "nourir et loger les futurs époux pendant cinq années" e mais disposições extremamente pormenorizadas, segundo as tradições familiares francesas. Entrara Debret, naquele momento, em pleno surto produtivo artístico, bafejado pelo primo, a quem se juntavam Desmaisons e os dirigentes da arquitetura, Percier e Fontaine, que exerciam nessa arte o mesmo domínio de David entre os pintores e Canova entre os escultores. Expôs Jean Baptiste, do ano VII, vasta cena, versando sobre o sentimental assunto clássico Aristódemo libertado por uma jovem, admitida com elogios pela crítica e público, que lhe valeram o "prix d'encouragement", por trazer a novidade, na escola davidiana, de iluminar cena noturna com forte lâmpada, talvez exagerada, reparava um crítico, tela que foi ter ao museu de Montpellier, onde ainda se encontrava em 1926.

Em 1804, outra tela de iguais dimensões, com os personagens representados em tamanho natural, intitulada Antíoco e Stratonice, ou a Descoberta do mal de Antíoco por Erasístrato, pertencente a assunto clássico apreciado na época, tentado por David em 1774, não muito feliz na execução. No mesmo Salon, havia outro Antíoco do pintor Paillot, censurado pela crítica por ele se ater demasiadamente à estatuária antiga, ao

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