laudatórias de tipo louvaminheiro. Este último estudo, contudo, posto que projetado para momento no qual coubesse a crítica rigorosa, mas justa, analisa criteriosamente o indianismo de José de Alencar no seu mais famoso livro - Iracema.
Reportando-se ao valor literário da obra, o autor invoca o testemunho de grandes figuras da cultura nacional, dentre os quais, cumpre destacar: Machado de Assis e Franklin Távora.
Por outro lado, tentando justificar o desconhecimento de Alencar em relação ao tupi declara: "Compreendem-se essas falhas nos reparos da época: os estudos etnológicos comparativos estarem na infância e, da língua tupi que os índios falavam e que os jesuítas registraram, faltavam os compêndios, que a fúria nativista de Pombal praticamente fizera desaparecer".
Pena é que não houvesse tempo para aquele estudioso da língua brasílica dedicar-se à análise completa dos romances indianistas de Alencar, conforme era seu desejo, expresso na declaração: "O Guarani, com o seu título infeliz, a despeito de ocupar cronologicamente o primeiro da série, representa período posterior.
Pelo tema, Ubirajara, publicado em 1875, coloca-se em época anterior à Iracema, que veio à luz com precedência de dez anos, porque neste já entra uma personagem branca, ainda que a sua presença nada altere na trama dos acontecimentos".
Considerando, porém, o valor intrínseco e a projeção incomparavelmente maior que teve Iracema em nossa Literatura, é por esta obra que iniciarei o meu estudo sobre o indianismo de José de Alencar.
Eis, confirmado, o que asseveramos anteriormente. Da parte de Frederico Edelweiss havia o propósito de examinar os três romances indianistas do escritor cearense.
Aliás, a leitura e conhecimento deste trabalho teve repercussão local, suscitando a publicação, em jornal baiano, do artigo intitulado "Alencar não sabia tupi".
Sem que demos por inteiramente concluída esta resenha, sublinhamos o nosso maior empenho em outra oportunidade retomarmos o tema, relatando, então, outras produções linguísticas assinadas por Frederico Edelweiss, muitas das quais se encontram manuscritas ou datilografadas, à espera da indispensável publicação.
Acreditamos que, se assim procedermos, estamos nos incumbindo de divulgar o trabalho honesto e eficiente de um dos mais importantes estudiosos da língua tupi e, com tal, prestando inestimável serviço à cultura brasileira.