Documenta, constituem-se, pois, na derradeira tarefa tupinológica editada em vida daquele Mestre.
Data de 1979, estabelecendo-se em publicações póstumas, os trabalhos: Anchieta - Linguista e José de Alencar - O tupinista segundo as notas ao romance Iracema.
O primeiro deles, analisa detidamente a atividade linguística do Apóstolo do Brasil, iniciado nos estudos na capitania de São Vicente, onde existiam excelentes conhecedores da língua brasílica, dentre os quais Edelweiss destaca Pero Correia e Antônio Rodrigues.
O trabalho em apreço analisa, pois, em profundidade, toda a trajetória de Anchieta no estudo do idioma nativo. Avaliando a facilidade de aprendizagem daquele jesuíta, Edelweiss atribui, não apenas ao fato de ser Anchieta dotado de "prodigiosa memória, de grande propensão para o estudo de línguas e já prático de três", mas, igualmente, à sua condição de filho de biscainho e, como tal, conhecedor do basco "onde os sufixos assumem preponderância idêntica".
Isto posto, justifica esta conjectura, alegando: "O que nos autoriza a fazer tais suposições é a sua Arte de Gramática da Língua mais usada na Costa do Brasil, onde a despeito de 40 anos de retoques feitos pelos padres mais versados na língua brasílica, a metade dos seus ensinamentos ainda continua dedicada às leis fonéticas, ao valor, significado e emprego dos sufixos ou partículas propostas".
Defensor consciente do papel de relevo que cabe ao Pe. Anchieta no campo dos estudos tupis, Edelweiss examina minuciosamente a sua atuação como mestre, gramático e poeta, concluindo: "E a gente fica a matutar na ingratidão do destino para com o grande e abnegado amigo do nosso índio, permitindo que, mesmo nas tentativas de sua glorificação, ainda enxovalhem os louros de primeiro linguista literato do Brasil, de grande pedagogo e missionário, que ninguém lhe poderá arrancar".
O segundo trabalho constitui-se na primeira parte de um projeto mais amplo de trabalho, infelizmente não cumprido, face ao falecimento do autor. Sobre as razões que nos impeliram a efetuar a divulgação desse estudo, tivemos oportunidade de nos expressar na apresentação do mesmo. Quanto ao que, sobre o texto, mencionou o próprio autor, permitimo-nos transcrever, na íntegra, o que se segue: "Neste setor linguístico ainda conservo inédito um estudo começado para ser apresentado nas comemorações do sesiquicentenário do nascimento de D. Pedro II, e que, por afastar-se finalmente do panegírico próprio a tais solenidades, resolvi publicar em momento mais oportuno".
Já aqui o combativo autor, combalido pela atroz moléstia que o levaria ao túmulo, como que faz concessões à maneira usual nos meios culturais do país em ocasiões como tais, onde só cabem as manifestações