CAPÍTULO I
O homem brasileiro e o meio
Antônio Rocha Penteado
A luta contra o meio. O homem e o clima. O homem e a vegetação. O homem e o solo. O homem e as riquezas do subsolo. O homem e o relevo. O homem e os rios. O homem e o litoral. O homem e o meio cultural.
A luta contra o meio
O homem brasileiro, ao se defrontar com os 8.513.844km² que constituem o Brasil, tem diante de si, não só uma considerável extensão de terras para ocupar com proveito, mas um território que mais se assemelha a um verdadeiro continente, como muito bem observou Deffontaines.(1) Nota do Autor
Neste "continente" brasileiro, tão vasto que ocupa quase 50% da América do Sul, existe uma tal variedade de condições físicas, que se criaram diversos problemas para sua ocupação pelo homem, apesar das marcantes características de tropicalidade que encobrem a complexidade do território do país.(2) Nota do Autor
Ninguém melhor do que Deffontaines soube até hoje abordar tais problemas, mostrando e explicando como o homem brasileiro tem sabido enfrentar o meio físico, aproveitando dos diferentes quadros naturais ou de seus elementos físicos as vantagens que eles podem apresentar à ocupação humana, através dos subcapítulos, "o homem e a montanha", "a montanha barreira", "a montanha mineira", "a montanha pastoril", "a montanha horticultora", "a montanha, residência de verão", "a montanha, zona de indústria", "o homem e o clima", "o homem e os rios", "a pesca", "os portos", "a floresta, zona de coleta", "a floresta, zona de cultura", "a floresta, produtora de combustível", etc.(3) Nota do Autor
Com seu notável espírito de síntese, o fundador da moderna Geografia no Brasil ofereceu-nos uma contribuição de valor, até então sem precedentes, na história da literatura geográfica brasileira.
Nada há de mais extraordinário, a aguçar o espírito científico do verdadeiro geógrafo, do que o estudo do comportamento do homem sobre a Terra; no caso brasileiro,