Atividades econômicas
A agricultura constitui a atividade básica da economia regional. Os produtos principais dessa atividade são a cana-de-açúcar, o cacau, o algodão e, secundariamente, o tabaco, o agave e o coco-da-baía.
A lavoura canavieira da costa oriental (Zona da Mata Nordestina e Recôncavo Baiano) é uma atividade que remonta às origens do povoamento da região. É a mais antiga e mais estável das paisagens rurais do Brasil. Em contraste com outras regiões canavieiras do país, caracteriza-se por ser uma agricultura de terras baixas, com chuvas de outono-inverno. A produção atual é quase inteiramente consumida pelo mercado interno.
A lavoura algodoeira desenvolve-se na região do Agreste, particularmente na orla setentrional do planalto da Borborema. Duas espécies de algodão são ali cultivadas: o nativo, arbóreo e perene, de fibras longas e macias, conhecido vulgarmente pelo nome de "mocó"; e o herbáceo, que é atualmente o mais cultivado. Até 1930, aproximadamente, o maior volume de produção algodoeira do Brasil procedia da zona do Agreste nordestino. A partir dessa data, porém, o primeiro lugar passou para os algodoais de São Paulo.
A lavoura cacaueira ocupa as terras de mata do sul da Bahia, estando as principais zonas de cultivo localizadas na região de Ilhéus-Itabuna. Seu cultivo na região iniciou-se em meados do século XVIII, mas somente em princípios do século XX ele se desenvolveu em bases comerciais. Atualmente, seu cultivo estende-se para o Sul, atingindo as terras do norte do Espírito Santo. A região de Linhares, nesse estado, já aparece como produtor de cacau.
O cultivo do tabaco é uma atividade já bastante antiga, principalmente na região do Recôncavo Baiano. Seu cultivo, atualmente, estende-se para outras zonas como, por exemplo, a de Arapiraca, em Alagoas. O agave ou sisal é cultivado nas zonas do Agreste de Pernambuco e Paraíba. O chamado "coco-da-baía" (Cocus nucifera) aparece ao longo de toda a costa baixa, quente e úmida do Brasil, mas seus maiores adensamentos ocorrem na costa oriental, onde é cultivado. Grandes plantações de coqueiros pontilham a longa costa baiana, sergipana e alagoana. Devemos assinalar também as plantações de borracha da Goodyear, na região de Ilhéus.
Indústrias
Dentre as atividades industriais existentes na região, destacam-se as ligadas às próprias atividades agrícolas. A característica industrial desta região, aliás, é dada pelo predomínio da industrialização de produtos agrícolas. A indústria do açúcar e a mais importante. O maior volume da produção açucareira, atualmente, procede das usinas. Os velhos processos de produção realizados pelos banguês e engenhos centrais estão em franca decadência. Somente a usina, produzindo a baixo custo e oferecendo um produto de melhor qualidade, permite à zona canavieira da região enfrentar com relativo sucesso a concorrência dos produtores sulinos.
O algodão permitiu o desenvolvimento da indústria têxtil e de subprodutos derivados da sua semente. A região de Recife aparece como um importante centro de indústria têxtil e de óleos vegetais no Nordeste.
O tabaco originou uma das mais antigas e curiosas indúsírias de fumo do país, localizadas no interior do Recôncavo Baiano (cidades de São Félix e Maragogipe). Essa região é a maior produtora de charutos do país.