revela. Como se em vez do dever moral, austero e grave, para com Deus, a Pátria, os homens, o bem-estar e a fortuna fossem os alvos e o sentido da vida humana...
No passado. — Da fase primeira da história nossa, antes da descoberta das lavras, se pode dizer que foi quase só naturista a economia nacional. Aproveitamento de frutos da terra, troca de utilidade por utilidade, gado como moeda para perfazer o escambo, poucas joias, traduziam período de pobreza de recursos. Parte do leão, tinha a metrópole com o monopólio do pau-brasil.
Aos poucos, contudo, cresciam as fazendas de gado. Começou a exportação de couros, a figurarem, a bem dizer, de indústria extrativa dos rebanhos. As fazendas de cultura, também, desenvolviam-se, e o açúcar já inspirava os ditirambos de Antonil, ao descrever seu fabrico, e iniciava a formação de fortunas privadas. O fumo, do mesmo modo, tinha mercado em Lisboa. Mas, em tudo, o régio erário tirava largo quinhão, cobrando altas porcentagens nas remessas.
Ao começarem as minas a despejar seu metal e seus diamantes, logo o fisco se manifestou hostil e compressor do esforço individual. Mandaram-se fechar os engenhos nas capitanias usineiras, para que da lavrança se não desviassem braços.
Foi um grande bem para o Brasil o empobrecimento das jazidas: pôde desenvolver-se a agricultura, abolidas as peias ilogicamente postas para garantir interesses mineradores, com prejuízos dos outros.
História de ontem. — Continuou, entretanto, indiretamente e transformado, o antigo processo fiscal: o quinto, as alcavalas, ressurgiram como imposto de exportação, antieconômico e ruinoso. Não recaía