Problemas de Governo

e dos produtores, todos a suporem normal tal processo. Aos particulares, incentivava a jogar, à semelhança do paradígma oficial. As indústrias de outra natureza, com condições inteiramente outras de mercado, de duração, de conservabilidade, à borracha, por exemplo, levou a solicitar medicação análoga, em escala reduzida. Sabe o Banco do Brasil o que lhe custou esse arremedo.

Citar este episódio, vindo ao correr do estudo, é demonstrar o influxo decisivo do preparo, do conceito da organização, na vida econômica do país.

Defesa do café. — A produção de gênero de largo consumo precisa ser permanentemente amparada, sem prejuízo dos cofres públicos, para se manter e triunfar no mercado mundial. Mas é tarefa exclusivamente comercial, apenas indiretamente esteiada nos recursos gerais da nação. Ora o plano do Convênio de Taubaté era excepcional. Sua renovação para cada crise valeria por entronizar a especulação oficial, e não teria a base larga e segura de um regime contínuo de amparo, nem da colaboração de todos os interessados. Tudo se substituía por uma gestão indiferente e desperdiçada, como é a do elemento político e administrativo.

É preciso que o Brasil se convença, e a isto estamos presenciando em escala ascendente, de que o governo é o pior, o mais caro e o mais incômodo dos protetores.

Renovaram-se os apertos, e surgiu finalmente, em boa hora, a construção da defesa permanente.

Açudagem do café. — Uma das iniciativas federais mais criticadas em São Paulo tem sido o empreendimento das obras do Nordeste, pálido e minguado resgate da dívida imorredoura de nossa terra

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