para com as populações dos Estados flagelados pela seca, populações às quais devemos o Acre, a Guiana brasileira, e, por largos anos, a manutenção de nossa tropa.

Pois bem, nada há, em princípio, mais parecido com o programa de grande açudagem, do que o Instituto de Defesa Permanente do Café.

Ambas as soluções visam regularizar os suprimentos, de água num caso, de café no outro, armazenando as sobras resultantes da irregularidade de produção de matéria prima, chuvas e safras respectivamente. Agem ambas como reservatórios de energias, volante compensador de receita e despesa, armazenador nos períodos de excessos, supridor nos de escassez.

Mais longe ainda pode ser levado o paralelo. O açude, entancando águas desordenadas, amansa-lhes o curso e impede a devastação de correntes torrenciais, bravias. A armazenagem e o escoamento progressivo das safras, limita a amplitude das oscilações dos preços, de que só se locupletam os especuladores e os detentores momentâneos de capitais, com grande desvantagens para os produtores. Cercea e sanea as operações a termo, nas quais os negócios legítimos tanto sofrem com os ciclones de bolsa provocados pela especulação de mero jogo.

Política sadia. — Claro, para produzir seu efeito normal, presupõe largos entrepostos e um sistema de crédito warrantado que forneça ao fazendeiro os recursos de que precisa, até dispor finalmente de sua safra. E, neste ponto, não há negar a elegância e o acerto da solução adotada.

Com a garantia das receitas pagas ao Estado, foi, em última análise, o próprio produtor quem obteve