capitais de movimento, com seu crédito avalizado pelo do Tesouro. Exemplo sugestivo de apelo viril às forças do próprio interessado, fugindo ao perigoso, daninho e sempre invocado amparo do governo federal.
Nenhum perigo, ou antes, só acúmulo de precauções na operação em si. Nenhum receio de complicar finanças alheias no desenvolvimento econômico próprio do Instituto. Modelo de energia e de self-help, ao mesmo tempo que larga demonstração de cooperativismo e de solidariedade entre os produtores, e o auxílio, a bem dizer, moral, inteligentemente prestado pelo Estado.
É fórmula que honra a quantos colaboraram em seu estabelecimento, inclusive aos que se opuseram a que a União nela figurasse. Tal intervenção deturparia a essência do plano, e de um ato de maioridade econômica da lavoura cafeeira, faria mera concessão de favor alheio. Menos digno, menos viril e inteligente se revelaria o esforço exercido.
Ao ministro da Fazenda e ao Banco do Brasil, que não deixaram transformar-se a bela operação em simples pretexto para incompreensível e injustificável ginástica emissora, deve o país agradecimentos iguais aos que mereceram governo e lavoura de São Paulo, e aos realizadores do plano, por se ter criado um aparelho autônomo modelar, no qual interesses públicos e interesses privados tão bem se conjugaram, a esforço e expensas dos próprios beneficiados.
Melhoramentos sucessivos aperfeiçoarão a obra. O Instituto cada vez mais deverá afastar-se da intervenção oficial, para se dirigir com autonomia puramente comercial, até que, automaticamente, amortizado o empréstimo, possa ser prevista a extinção de