prazo razoável as relações entre o extremo sul do Brasil e o Rio, e dados os meios de intensificar nossas trocas de todo gênero com Montevidéu e Buenos Aires.

Programa modesto, levando-se em conta as necessidades a que atende, as possibilidades do mercado interno de capitais. Coisa a ser feita em poucos anos, desde que se queira e se saiba. Naturalmente, a norma a seguir seria sempre a que o critério organizador exige: propriedade do Estado.

Infelizmente, os benefícios advindos do sistema estão sendo destruídos pelo descaso econômico com que se realizam as construções. A falta de escrúpulo na escolha dos empreiteiros, descuidando-se de examinar o valor, tanto técnico como moral, de tais intermediários, dá resultados como os que tanto escandalizaram o país, em dias próximos, nos ramais de Vassouras, de Itacurussá, na Central do Rio Grande do Norte, na São Luiz a Caxias.

Neste ponto reside uma das maiores dificuldades práticas da administração, pedra de toque de valia dos funcionários propostos a tais serviços. A escolha dos homens, que executam e agem, sobrepuja sempre em importância a excelência das regras escritas, leis ou regulamentos.

Até aí, não se notam divergências nas opiniões, quando não na prática, pelo menos em teoria.

A exploração. — Já muda a situação, em se tratando de utilizar as linhas. Em uma sociedade disciplinada de alto a baixo, nem só é possível, como até convém se faça o tráfego direto pelo Estado. A Alemanha, antes da guerra, é prova eloquente disto. Após a convulsão social decorrente da crise de 1914-1918, já se não notam os mesmos resultados.