declara ilegal o empenho da despesa por se estar ainda no primeiro semestre e já estar esgotada a verba correspondente. Nesse meio tempo, aumentavam as avarias, e, em vez de rebites, eram locomotivas novas que se tinham de adquirir. Poupara-se um gasto ilegal de alguns contos de réis. Gastavam-se algumas centenas para as novas máquinas.

Não é caso excepcional. Ouçam-se os chefes de serviço, e todos farão vibrar a mesma nota.

Não se culpe ao Tribunal, que se limitou a aplicar a lei. Censure-se esta, que foi mal elaborada, e está a pedir urgente revisão. No seu texto atual, é a codificação do absurdo administrativo, e da ataxia locomotora em todos os serviços. Nem sequer permite, todavia, uma completa e fecunda fiscalização parlamentar da gestão do executivo.

Regime do empenho.- Ainda pecam contra a organização, e portanto desservem ao país, os que escolhem auxiliares por motivos e princípios alheios às exigências do interesse público. Nenhuma forma pior de improbidade técnica e administrativa, do que essa, que nomeia chefes ou encarregados de quaisquer incumbências, só por afeição ou interesse particular, afastando dos cargos aos homens de bem e aos competentes, com o fito de encontrar apenas obediência sem crítica e servilismo de rastro. Nem falemos, então, nas célebres nomeações políticas ou partidárias, que levam em toda parte a desordem, a destruição, a indisciplina e a anarquia. Como sempre, é o contribuinte quem paga os desvios dos autores de despropósitos tais.

As tarifas.- Para não abandonarmos a questão dos transportes, cumpre ainda apontar as tarifas e os novos horizontes abertos pelo automobilismo, verdadeira