Problemas de Governo

carboníferas. São mais extensas do que se supunha a princípio; mas a espessura total não se compara, nem de longe, com a das regiões hulheiras da Europa ou da Ásia. Será, para o que se conhece, uma exploração extensiva, enquanto, nesses países, o meneio é intensivo, em sentido vertical. Além disso, poder calorífico e pureza deixam a desejar, e não se pode estabelecer paralelo com os tipos metalúrgicos corrente na Europa. Finalmente, só algumas camadas, em Santa Catarina, podem dar coque metalúrgico, após prévio beneficiamento.

Nessas bases se deve solver o problema e não nas fantasias de generalizações apressadas e errôneas.

Ainda assim, esse é o combustível que possuímos, e que temos de utilizar. Dizer, como se tem feito nas rodas de importadores de carvão estrangeiro, com o apoio direto e indireto de elementos existentes nas próprias administrações de estradas federais, que a hulha rio-grandense não presta, é um não-senso. Não presta em máquinas construídas para Cardiff ou Pocahontas. Exijam-se fornalhas próprias, como o governo rio-grandense fez para a sua rede ferroviária, nas locomotivas "Mikado" que adquiriu, e está solvido o caso.

Utilize-se o carvão pulverizado, como na Central se fez a esforços de Arrojado Lisboa e de Assis Ribeiro, e nova solução estará dada. Tanto, que, despeitados os fornecedores de carvão inglês e americano pela diminuição de seu negócio, conseguiram que outras administrações paralizassem a expansão do melhoramento introduzido por aqueles distintos profissionais.

Mas, para generalizar-se, há uma série de medidas a tomar no regime dos portos sulinos, afim de

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