Segunda viagem do Rio de Janeiro a Minas Gerais e a São Paulo (1822)

Conservei no Rio de Janeiro a casa que alugara à chegada, e o bom Sr. Ovide (1)Nota do Autor aceitou nela morar em minha ausência. Aí deixei 15 caixas cheias de plantas e perfeitamente acondicionadas, e 24 outras cheias de pássaros, mamíferos e insetos, das quais 20 arrumadas de modo a poderem ser embarcadas quando eu quiser.

Parti a 29 de janeiro de 1822, acompanhado de meu novo arrieiro, de Laruotte e dois Guaranis montados. Firmiano vai a pé.

Como partimos muito tarde, não pudemos fazer senão duas léguas. O caminho que segui foi o mesmo que, com os Srs. de Langsdorff, Antonio Ildefonso Gomes e o pobre Prégent, trilhara quando cheio de entusiasmo, hoje extinto e esperanças de que percebi a inanidade, encetei minhas longas e penosas viagens.

Depois de sair da cidade passamos em frente a São Cristóvão. O caminho é belo, bastante uniforme, embora aberto em terreno arenoso. À direita, passa-se a pouca distância da baía de que às vezes se têm perspectivas; à esquerda, divisa-se um vale, acidentado por colinas e cheio de chácaras, terrenos lavradios e pastos. Ao longe, alçam-se







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