morais e sociais de outra monta e de quilate infinitamente superior.
Precipitaram-se as ocorrências. Do rompimento de relações diplomáticas com o Império Alemão, fomos progressivamente arrastados pelos fatos à aceitação do estado de guerra. Tem-se criticado esta maneira de enunciar a situação. É infundada a censura. Nem só a definição caracteriza os acontecimentos — atos de guerra praticados contra nós, cuja existência reconhecemos e cujas consequências aceitamos, — como, perante o Mundo, e isso é importantíssimo, tira do Brasil qualquer responsabilidade de agressão, dando a iniciativa desta a que a tem, à Alemanha.
Mas mesmo esse ato foi incompleto. Como nos Estados Unidos, como em toda a parte, a Áustria, mais do que nunca, hoje enfeudada a Berlim, é a capa, ou serve de bandeira às manobras germânicas no nosso país.
Por mais estranha pareça a pergunta, proclamando o estado de guerra, cumpre indagar: qual a nossa situação internacional?
Documentos oficiais numerosos têm falado em aliança, em potências aliadas nossas, e confirmação dessas palavras tem vindo de Além-mar, das potências interessadas.
Aliança pressupõe um pacto, em que estejam ajustados os termos do esforço comum, os elementos com que cada contratante entra para a obra coletiva, os fins que visam, as responsabilidades assumidas, as compensações esperadas. É, acima de tudo, um ato internacional. Mas até hoje a Nação ignora por que, até que limites, com que intuitos comuns, para que alvos definidos, somos Aliados. O Congresso deveria sabe-lo, mas sua ignorância, no caso, iguala a do mais remoto habitante do Acre.