de combate e a cruzadores auxiliares e corsários alemães) e livremente voltavam; a agitação armada nos núcleos coloniais de Santa Catarina (Anitápolis, por exemplo) objeto de investigação por parte do Ministério da Agricultura, reveladora de que tudo obedecia a uma organização presidida pelo cônsul alemão de Florianópolis, e, apesar de tão grave revelação, a ausência de providências repressivas; a dificuldade havida em se fazerem sair, juntamente com o ministro plenipotenciário Pauli e a Legação, os funcionários consulares veementemente suspeitos de dirigir a agitação pangermanista no Sul e os atritos surgidos em outros pontos do território nacional; as facilidades de abastecimentos igualmente, e com razão e justiça, liberalizadas a todos os beligerantes, quer diretamente, quer por intermediários neutros; todos esses pontos, em resumo, merecerão indagação oportuna nos Arquivos das Relações Exteriores. Se não chegam, por ora, a fazer suspeitar da existência de acordos formais, ou de entendimentos tácitos com um dos grupos em luta, por certo evidenciam, pelo menos, que nossa neutralidade não era hostil à Alemanha (deixe passar o termo, embora entre em conflito com a ideia neutral).
É característico desta potência, e, mais particularmente, de seus súditos, mostrar‑se servil com quem tem força, e arrogante para quem cede. E, não raro, confunde a obediência à lei ou a princípios com o temor inspirado pela bruteza de suas armas. Fizemos, os brasileiros, a experiência desse estado d\'alma. Em breve tempo a campanha submarina, desrespeitando nossos direitos de neutros, veio ferir interesses vitais do país e aniquilar vidas de patrícios nossos.
Estava julgada a causa da neutralidade, do ponto de vista do interesse brasileiro, admitindo-se (no que discordo) que tal se pudesse adotar como critério diferencial em uma guerra como esta, em que se debatem valores