Problemas de Administração

últimas congregarão seus esforços para varrer dos mares a nova marinha, com menos prestígio e menos resistência econômica e financeira do que suas maiores, que hoje, e mais ainda após a paz, continuarão a exercer seu predomínio no mercado dos fretes.

Esse programa, para nós, seria a solução do problema espinhosíssimo do Lloyd, que querem transformar em nova E. F. Central, mas em piores condições morais, quando todos os esforços e todo o empenho devem consistir em tirá-lo da Administração oficial.

Uma fusão, qual a que advogo, representaria a colaboração governamental, com o intuito de regularizar os fretes, e a administração comercial, caldeados os dois elementos na ação orientadora da Diretoria. O Governo, possuidor do Lloyd e como tal representado na junta executiva, poderia fazer ouvir e preponderar seu conselho, sem permitir o esmagamento do interesse econômico geral do país pelo empenho meramente comercial de avolumar o lucro imediato pela alta do frete.

Uma última observação, antes de dar por finda a análise do orçamento da Fazenda.

Tratando-se da carestia da vida, cuidou-se em intensificar a produção e em evitar manejos de especulação. É evidente que a alta do câmbio agirá como redutor dos preços. Por que não fazer a política do saneamento da circulação? Por que não seguir o exemplo dos Estados Unidos (já não falo da França nem da Inglaterra, mais próximas da zona de operações, e mesmo a primeira com seu território invadido), restringindo o consumo interno?

Combinando tal medida com as precedentes, nem só se evitariam desperdícios, imorais na nossa posição de aliados, como surgiriam novas disponibilidades de mercadorias essenciais aos países em guerra, e que poderíamos exportar, aumentando o ativo de nossa conta internacional.

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