Achei, por isso, mal delineada a operação arrendadora, pois criou novamente e sem necessidade o problema da escassez da cabotagem, quando poderia servir aos Aliados, sem causar danos de vulto à atividade produtora de nossos patrícios que vêm cerceadas a saída e a circulação do que conseguiram, em meio de tanto esforço e de tanto sacrifício, obter de seu trabalho.
Com os precedentes estabelecidos, o problema do controle se impõe novamente, mas com feição um pouco diversa. Cumpre solvê-lo segundo outras linhas. Para termos transportes baratos, seguros e proporcionados às necessidades do tráfego a estabelecer, é urgente eliminar a concorrência marítima, federando todos os interesses em uma vasta empresa única que faça desaparecer os atritos atuais, causa principal de desperdício e de gastos duplicados. Só assim conseguiremos, como conseguiram outros países, obter o aproveitamento máximo da tonelagem marítima nacional.
O modo de realizar esse grande plano de concentração de energias, ora dispersas, comporta várias soluções, não é único. Modalidades múltiplices existem. Mas, adotada uma, considerada a melhor, Lloyd Nacional, Lloyd Brasileiro, Comércio e Navegação, e Costeira deverão formar um grande bloco, núcleo de outras adesões futuras, que distribuirão entre si comercialmente o tráfego de cabotagem e o de navegação transatlântica. Haverá economia nas viagens, melhor e mais completa utilização do material, economia no custeio e, assim, possibilidade de lutar após a guerra contra a concorrência de outras marinhas mercantes.
Eu iria ainda além, obtida a fusão das empresas nacionais, advogaria a criação de um ou mais entendimentos com companhias estrangeiras, a escolher ainda, para assegurar tráfego em nossos navios contra a boicotagem de outras empresas concorrentes. É intuitivo que estas