particulares das terras meridionais de nosso continente é encontrado nas terras meridionais do outro. Nenhum dos animais da América Meridional se parece bastante com os animais da porção meridional do nosso continente para que possa ser considerado como da mesma espécie... Que diferença entre o elefante e o tapir! Entretanto é, de todos, o único com que pode ser comparado. Nenhum animal da América Meridional se assemelha ao rinoceronte, nem ao hipopótamo, nem à girafa; e que diferença ainda entre o lama e o camelo, embora seja menor que entre o tapir e o elefante!"
Mas o primeiro tratado especial sobre o assunto foi escrito em 1777 por E. A. W. Zimmermann, de Brunswick, cujo grande volume Specimen Zoologiae Quadrupedum estuda de modo estatístico os mamíferos. Um ano depois começava de a publicação de sua História geográfica dos homens e dos quadrúpedes, em três volumes, terminada em 1783, trabalho no qual, pela primeira vez, são traçados mapas zoológicos. Numa e noutra obra, porém, apenas considera a distribuição geográfica dos mamíferos.
Depois de Buffon, um outro naturalista francês, hoje quase esquecido, Lacepéde, chama a atenção sobre as relações entre a geografia física de uma região e sua população zoológica, podendo ser considerado, com justa razão, como o fundador da ecologia.
Divide Lacepéde a superfície seca do globo em 26 Regiões Zoológicas, limitadas, em sua maioria, pela estrutura orográfica dos continentes, regiões que correspondem, aproximadamente, às 24 sub-regiões de Wallace.
Nesse mesmo ano de 1778 publicava J. C. Fabricius, de Kiel sua Philosophia Entomológica, dividindo o mundo em oito regiões, sendo o primeiro a