Zoogeografia do Brasil

São também de pequena valia, os trabalhos de Illiger (1804-1811) e Minding (1819), limitados apenas à distribuição dos mamíferos.

Dedicando-se Forbes ao estudo da fauna marinha e especialmente dos moluscos, estabeleceu nove zonas homozoicas, subdivididas em 25 províncias, baseadas principalmente nas curvas isotérmicas. Trabalhando também sobre a fauna marinha, mas especializado em outro grupo, o dos crustáceos, e considerando as temperaturas médias dos meses mais frios e dos mais quentes, distingue Dana cinco zonas de latitude, com muitas províncias.

Em 1853 publicou Schmarda seus dois volumes, compreendendo a distribuição de todo o reino animal. Aí, depois do estudo dos centros originais de criação e das causas físicas e modo de dispersão, divide a Terra em 25 reinos, alguns dos quais sabiamente delimitados, mas por certo numerosos demais para uma visão geral.

Esse inconveniente foi evitado por Sclater que, em 1857, propõe dividir a fauna do globo em seis Regiões Zoológicas, cujos limites seriam indicados não pelos dos atuais continentes mas pelas afinidades ou divergências de sua população animal.

As seis regiões de Sclater, hoje clássicas, coincidem de modo mais ou menos completo com as relações continentais existentes em épocas geológicas anteriores, durante as quais essas faunas se constituíram.

Abria Sclater o roteiro que seria percorrido por uma plêiade de naturalistas, ansiosos em tornarem precisos e retificarem os pontos obscuros ou incompletos do ensaio desse pioneiro.

Mostra-se desde logo que a reunião das regiões do Antigo continente (Paleártica, etiópica e neártica) num mesmo grupo, chamado Pál ogéa oposto à Néogéa,

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