Zoogeografia do Brasil

geográfico veio contribuir, infelizmente, para extensa sinonímia nas espécies cosmopolitas ou de largo hábitat.

Semper, em sua obra tão sugestiva — Condições de Existência dos Animais —, publicada nesse mesmo ano de 1868, escreveu com certo pessimismo: "Toda nossa zoogeografia é ainda alto montão de tijolos, empilhados sem ordem". Deve-se a este grande zoólogo alemão o estudo da distribuição das holotúrias, mostrando as relações de seus gêneros e espécies e distinguindo seus centros de origem e subsequentes migrações.

Em 1871 juntava Blyth mais uma região às seis consideradas por Sclater; e Alexandre Agassiz (1872), fazendo a revisão sistemática dos ouriços, quatro reinos oceânicos, justificados também pelas condições climáticas.

A distribuição geográfica, seduzia os zoólogos e numerosos especialistas demonstraram que as seis regiões de Sclater não coincidiam exatamente com a distribuição das outras classes (baseado Sclater sobre os mamíferos), introduzindo a noção perigosa, pelo que podia trazer de confusão, de que cada ramo, às vezes, mesmo, cada classe do reino animal exigia uma carta particular, diferente da dos outros grupos.

Foi então que apareceu a obra clássica de Wallace — A distribuição geográfica dos animais (1876), completada por esse livro fascinante — Vida insular (1880). A linguagem amena e sugestiva de Wallace veio divulgar o estudo da zoogeografia, aumentando cada vez mais o círculo de entusiastas, mesmo longe dos zoólogos profissionais, e seus livros continuam como fundamentais a todos os tratados modernos.

São aí aceitas as seis regiões de Sclater com leves modificações, dividida cada região em quatro

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