Zoogeografia do Brasil

sub-regiões, não ousando, porém, seguir as corajosas alterações e subordinações lógicas de Huxley.

O método de Wallace, para chegar ao grau de relação das faunas das várias regiões, é eminentemente estatístico. Longas listas de gêneros determinam, por seus números, a afinidade e a fonte de colonização. Esse método estatístico encontrou muitos adeptos que, ligando mais à quantidade que à qualidade, não pouco contribuíram para a maior obscuridade e imprecisão. Tornou-se até certo ponto dogmática a noção de que um gênero é tanto mais antigo quanto mais rico em espécies. Considerou-se, por outro lado, como centro de dispersão de um grupo (ordem, família ou gênero) a arca onde se encontra o maior número de formas.

Procuram os especialistas, dentro de cada classe ou ramo, justificar ou corrigir as regiões de Sclater-Wallace, buscando a revelação do segredo das regiões reais.

"Mas o resultado inegável de todos estes esforços", diz Gadow, "foi o melhor conhecimento de que quase cada classe, senão cada ordem ou família, parecia seguir princípios próprios. As regiões resultantes não aumentavam nem em extensão nem em número, por isso que em sua maioria gravitavam em torno de tais centros: Austrália, América do Sul e o resto do Mundo". A esses três centros (Notogéa, Neogéa e Arctogéa) acrescentou Trouessart em 1890 duas regiões (Ártica e Antártica), sugerindo, porém, que as oito regiões por de consideradas podiam ser combinadas em três zonas: Ártica (correspondendo à holártica de Heilprin e Newton, e hoje universalmente aceita), Antártica (América do Sul e Austrália) e região tropical do Antigo continente.

A. Newton, que reunira as regiões paleártica e neártica em uma só (holártica), considera, contudo,

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