Há mesmo certos serviços que precisam ter caráter misto, civil-militar, para que possam atingir toda a eficiência, como já se vem verificando, os de pesca, onde inestimáveis e imprescindíveis os patrióticos esforços dos comandantes Frederico Villar, Armando Pinna e seus ilustres colegas de classe, pioneiros da proteção à nossa gente do mar e da valorização de nossas riquezas ictiológicas.

É então a Marinha que hospeda, com a sua tradicional gentileza a ciência civil, no trabalho em colaboração para a grandeza do país; caso idêntico, por parte do Exército, com seus ilustres oficiais, chefiados pelo eminente general Rondon, nos serviços simultâneos de proteção aos índios e inspeção de fronteiras, levando em suas expedições cientistas civis, para o desenvolvimento dos estudos científicos de nosso hinterland.

Por outro lado, as Comissões de Limites, chefiadas por oficiais da Marinha ou da Guerra, agindo no mesmo sentido, vem evidenciando o potencial dos ministérios militares, na solução dos problemas e no desenvolvimento dos estudos dependentes dessa cooperação, científica e militar.

Não há no caso nenhum choque de atribuições, mas sim inteligente aproveitamento de possibilidades.

A propósito, já disse como se articulam os interesses dos diversos ministérios do país, na solução de nossos problemas biogeográficos, em artigo especial, no Correio da Manhã, de 6 de outubro de 1933; sobre "Biogeografia".

De regra, cada problema novo vai tendo soluções oportunas, a pouco e pouco, à feição do desenvolvimento de cada novo serviço que surja e como melhor indicar a experiência, a cada propósito.