O precursor do abolicionismo no Brasil: Luís Gama

O SATÍRICO

A nomeação de Luiz Gama para amanuense da Secretaria de Polícia, imprime-lhe à vida uma nova estabilidade. Liberto das peias da disciplina militar, que seu temperamento não podia compreender e menos aceitar, indócil que era de natureza, ficara-lhe a preocupação pelo pão quotidiano. A posse do emprego público, garantindo-o na luta pela vida, apesar dos parcos rendimentos do cargo, forrava-o a esse cuidado.

E pôde ele assim entregar-se completamente ao seu sonho de aparecimento literário, a vaidade de ser autor de livro publicado. Começou a colaborar na imprensa e, como bom brasileiro, tentou-o aquela conhecida Musa que preside a poesia.

Em 1859, três anos depois de nomeado, a tipografia Dois de Dezembro, desta Capital, propriedade de Antonio Louzada Antunes, editava as suas muito citadas, mas muito pouco conhecidas, Primeiras Trovas Burlescas, de Getulino. Era uma estreia, que havia de ser um ponto final.

Dois anos mais tarde, apareceu a segunda edição, e esta confeccionada pela Tipografia de Pinheiro & Cia., sita à rua do Cano, 165, no Rio de Janeiro.

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