velho mundo, onde a presunção doentia, di-la mais requintada; o mais recente deles é o que acaba de ocorrer no Hannover, em pleno centro da supercivilizada Alemanha, tendo por protagonista um compatriota de Hans Staden, o hanoveriano Hermann, condenado à morte pela justiça de sua terra em dezembro de 1924 e guilhotinado a 15 de abril do ano seguinte, pelo crime hediondo do assassínio de 24 adolescentes, dos quais bebia o sangue, vendendo em seguida as carnes a retalho, em um açougue de sua propriedade.
Entendemos que os cronistas e viajantes que se puseram em contato com os silvícolas do Brasil exageram em suas narrativas, possivelmente sem preconcebida maldade, mas pela instintiva vaidade, tão humana, de se avultarem em heróis ou mártires, os perigos que realmente tivessem corrido entre eles. O caso da velha e moribunda bruxa guaianá, que não queria morrer sem primeiro chupar ao menos um dedinho de mão de criança, acontecido com o grande taumaturgo do Brasil, merece-nos tanto conceito e tanta fé quanto a conversa, que nos transmitem as crônicas, do santo varão com as alentadas canguçus que lhe rondavam o pouso em Itaipus, antegozando sangueira humana, para, afinal, se irem satisfeitas com algumas pencas de verdolengas bananas, magro e estranho alimento para naturezas