brasiliensis: encurralados em seu primitivo habitat nas eminências orográficas que se levantam no coração do Brasil, pelas hordas tupi-guaranis que os rodeavam hostis, imobilizando-os nos sertões de Minas Gerais e da Bahia; impossibilitados de volverem a atingir o mar, que lhes garantiria alimentação permanente e farta; sem qualquer noção de cultivo da terra, retardatários que eram em civilização; não sentindo a necessidade do culto aos mortos pelo desconhecimento da teoria da imortalidade da alma, nem tendo a mínima noção desse poder superior a quem chamamos Deus e de que temos a intuição pelas manifestações poderosas da natureza, tanto que em seu restrito e paupérrimo idioma não existe vocábulo que o designe; reduzidos ao exclusivo recurso da caça progressivamente diminuída e rareada pelo varejamento das matas através dos séculos, possivelmente se teriam lançado à antropofagia fugindo à fome. Entretanto, os próprios cronistas que afirmam a existência do negro vício entre eles não apresentam razões ou argumentos de convicção do fato.
Cronistas improvisados que assistiam a uma imolação humana em festim de desagravo, registravam-na sem maior observação, através de vesga preocupação e daí por diante não houve prisioneiro ou hóspede civilizado de selvagem que não asseverasse ter assistido à sua ceninha de