O seu Diccionario do Municipio de São Paulo, já publicado, dá nova interpretação a grande número de vocábulos tupi-guaranis e corrige fastos históricos à luz de novos documentos.
Referindo-se ao livro Tradições e Reminiscencias Paulistanas, escrito em estilo leve e empolgante por Affonso A. de Freitas, disse Couto Magalhães: "Poucos cronistas tão vivazes como ele terá tido o São Paulo de nossos antepassados, o São Paulo decantado por Zaluar, o São Paulo de um século passado, o São Paulo dos estudantes, da garoa, das serenatas, das janelas de rótula, das matronas de mantilha e dos chafarizes públicos. Esse São Paulo já desapareceu inteiramente ao sopro do progresso vertiginoso que, à semelhança de um prodígio de varinha de condão, transformou completamente a velha "urbs", da qual alguns de nós ainda conheceram seus aspectos mais típicos, na cidade cosmopolita, de largas avenidas e suntuosos arranha-céus, que é o título do nosso mais justificado orgulho de povo inteligente e empreendedor. Mas, todos quantos ainda se lembram da cidade que nos legara a colônia, em seu restrito centro de vielas estreitas e no seu vasto perímetro de chácaras, transformado hoje em bairros populosos e florescentes, poderão viver outra vez esses dias passados, lendo as reminiscências que o pranteado morto evoca nas páginas do seu livro, que valerá, para os estudiosos, como um documento da prodigiosa evolução por que passou a Pauliceia dos nossos maiores, numa obra maravilhosa de que só é capaz a geração que sente ainda pulsar-lhe nas artérias o sangue do bandeirante que do tempo da conquista desbravou a mata virgem e levou a civilização aos pontos mais remotos do país".
Pertenceu Affonso A. de Freitas a grande número de associações científicas nacionais e estrangeiras.