mais curta que seus irmãos do norte, como principalmente por se não terem cruzado nem entrado em contato com nenhuma outra raça, intactos seus hábitos e inalterada a pureza de sua primitiva linguagem.
Que os aborígenes encontrados em São Paulo por Martim Affonso de Souza pertenciam à raça dominadora de todo o litoral brasílico, é afirmativa incontestável: basta considerarmos ter sido entre os guaianás de Piratininga que o padre Anchieta aprendeu a falar o guarani, único idioma indígena conhecido pelo taumaturgo da América e do qual tornou-se ele exímio articulador, chegando mesmo a escrever-lhe a gramática, para nos convencer daquela verdade.
Mas, teriam os guaranis encontrado, no território paulista, outros povos de raça diversa com os quais se mesclassem?
Cremos que não.
Os próprios trambambés e cariris, escorraçados do norte do Brasil, aqui nunca chegaram como supõem mais de um historiógrafo, levados pela semelhança das denominações - tremembé e quiririm — disseminadas na geografia paulista e oriundas da língua geral.
Foi, pois, no sangue guarani, no sangue tupi-guarani que se fusionaram os primeiros e principais elementos do povo paulista. O tupi-guarani