Aliás, as vozes emitidas pela animalidade racional não constituem apanágio exclusivo do órgão vocal humano: as vogais, a, e, i, o, u, base de todo o linguajar humano, são extensivas à vocalização dos irracionais, e têm reprodução nos rumores dentro dos domínios dos próprios inanimados. São vozes da natureza.
Em tupi-guarani não existem os elementos fonéticos modificadores, f, l, j, v, z, nem o grupo lh, uma vez que ao idioma falta a consoante l; tais elementos só aparecem nos vocábulos de origem nheengatú pela decorrência da vernaculização.
Os sinais consoantes do linguajar tupi-guarani, que se encontram em correspondência do alfabeto português, são:
B, como em Abá. Jamais inicia palavra a não ser nos termos vernaculizados em os quais ocorre a queda da vogal i, que lhe antecede, como em ibitãtã, que se vernaculizou em butantan, e do elemento m, do grupo mb, como em Mboituba, que se vernaculizou em Boituba. Em numerosos casos de vernaculização é a consoante b substituída por v, como em Uaa-i-canga-uba, vernaculizado em Aricanduva.
C, soando k, ou q, como em português, sempre que anteposto às vogais a, o, u, Caa, Cuera; Ce, quando, como em português, se antepõe às vozes e e i; Cerá, Cipó. Sempre que posposta