Vocabulário Nheengatu

de Vila Mariana, da Avenida Paulista e nos pastos do Bexiga, hoje bairro da Bela Vista.

O nome do rio, em todo seu curso era - Tietê -, não obstando, entretanto, tal circunstância, que em mais de um estirão tivesse ele denominação peculiar, como ainda hoje acontece em quase todos os cursos de água paulistas e no próprio Tietê, assinalando acidentes locais; se o seu nome regional, em Piratininga era Anhamby, pela circunstância referida, já um pouco abaixo e antes de sua confluência com o Pinheiros chamava-se - rio da Emboaçava -, isto é, rio do vau, da passagem, originada na particularidade de existir ali, atravessando o álveo do rio, uma afloração de rocha permitindo o travessio do rio (emboaçava) quase a pé enxuto nas grandes estiagens, e seguro vau nos volumes normais da torrente.

Os portugueses fixados em Piratininga, ouvindo repetidamente o nome Anhamby, aplicado ao rio no trecho que lhe corria ao pé das moradias, acreditavam que aquele seria o nome geral da torrente e, nesse sentido empregavam, se bem que uma vez por outra, com a cautela de o chamarem também e cumulativamente, - Rio Grande - tradução ao pé da letra, de Tietê: - "...e correrá avante até dar no rio grande de Anhamby..." (Carta de sesmaria passada por Gaspar Conqueiro a 10 de novembro de 1610):... e da barra do dito ribeiro pelo rio abaixo de Anhamby, rio

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