Amazônia - a terra e o homem

a sua riqueza piscosa, sacrificada pela deflagração da dinamite; a reserva farta de quelônios próprios à alimentação (tartarugas) comprometida pelo assalto às covas de postura de ovos nas praias; habitada por gente sã, reduzida em número e parca em civilização, abre-se a uma colonização doentia, de homens fisiologicamente miseráveis e indigentes de cultura.

Assim instalou-se-lhe no organismo em desenvolvimento uma decadência precoce, caracterizada pela anulação da vitalidade do homem e pelo depauperamento das fontes de riqueza. Um e outros sofreram lesão em sua capacidade de produção.

Foi uma terra que atingiu a decrepitude em franca adolescência. O engenho destrutivo lesou-a em pleno período de juventude, malogrando-lhe o surto incipiente de potência geradora. Entrou em crise antes de perfeita formação. Decaiu antes de alcançar a maturidade. Envelheceu na plenitude da mocidade. É uma terra precocemente valetudinária...

...E só agora, por entre os escombros de uma grandeza em puro viço malograda, chega

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