As duas correntes mantêm-se na equidistância do cume da civilização avançada, situadas em regiões distantes e em sociedades diferenciadas.
Encorajado pelo surto explorador das primeiras conquistas, que os retirantes da seca de 1877 começaram a celebrar, atirou-se o nordestino com arrojo incrível através do imenso vale amazônico, varando-o até as suas extremas coordenadas.
Guiado talvez por instintivo impulso de aventura, desprezou as regiões dos baixos rios, que continuaram a ser o "habitat" da população indígena, penetrou os altos sertões e violou-os até as linhas imprecisas de suas fronteiras ainda mal traçadas. E, no alvoroço de ambição de posse, crendo-se descobridor daquelas plagas, disputou ao estrangeiro invasor uma imensa faixa de terras, desertas mas encarecidas por encerrarem em seu seio úmido as minas de "ouro líquido". Não usurpou; conquistou para possuir e pôs-se então a explorar os veios fartos donde jorrava um leite vegetal que se transmutava em ouro. Por isso, o nordestino nos sertões do Amazonas fez-se seringueiro; só seringueiro e nada mais.