difere do caboclo das chapadas do nordeste, no físico e na mentalidade.
Antropologicamente, o caboclo amazônico é muito mais índio, muito mais americano do que o nordestino. Neste, vazou-se certa dose de sangue etiópico, ao passo que a fusão indo-ariana, quando se dá na planície amazônica, é mais pura e, pode-se dizer, exclusiva.
Na sua grande massa, máxime nas regiões do interior, os caboclos amazônicos são aborígenes autênticos, sem fusão nem mescla; são filhos de índios ou são índios amansados.
Muitas gerações se têm sucedido, distanciando-se às vezes do índio-avô quanto à condição de vida social, sem lhes haver sido imposta nenhuma transfusão de sangue branco. Tal é o elemento caboclo, na sua maioria, a dominar o interior do Amazonas que restou ao amazônico: tal é o tapuia.
O caboclo, na acepção vulgar, é o produto do cruzamento do português com o índio, que se fez principalmente nas cidades, vilas e núcleos mais densos de população.