Amazônia - a terra e o homem

Deixando de comentar o que, sobre tal, reponta da antiguidade clássica, de filósofos, de homens de ciências e de poetas — de Platão, Aristóteles, Galeno, Ptolomeu, Lucrecio, Theofrasto, etc. — devemos assinalar, mais modernamente, uma grande e infiltradora influência: a de Montesquieu. Porque, se Bodin, celebrado autor de República, encara nesta grande obra "a influência do meio físico sobre a vida política dos homens"; se Debos pretende demonstrar na sua História Crítica o poder do ar sobre o corpo humano e caracterizar climas mais próprios que outros para as ciências e as artes, é Montesquieu seguramente que, articulando num mesmo nexo de causalidade o clima e o solo, orienta o seu pensamento no sentido de atribuir a estas influências o império de um estrito e rijo determinismo.

Não se lhe poderá negar poderosíssima atuação sobre os modernos estudos sociais, políticos, históricos, tal a voga e a aceitação do seu famoso livro De l'esprit des Lois. Nele estuda Montesquieu as "relações das leis com a natureza do clima" (Livros XIV a XVII) e com a "natureza do terreno" (Livro XVIII). Tão categórico em suas convicções que, no Capítulo XV do Livro XIV, falando

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