Amazônia - a terra e o homem

do povo das Índias, diz que ele "est doux, tendre, compatissant", concluindo assim: "heureux climat, qui fait naître la candeur des moeurs, et produit Ia douceur des lois". E, no Capítulo II do Livro XVIII, assim interpreta os fenômenos políticos: "La stérilité du terrain de l'Attique y établit le gouvernement populaire, et la fertilité de celui de Lacédémone, le gouvernement aristocratique".

Se Montesquieu faz filosofia sobre história, Buffon é homem de ciência, é sábio; pratica a ciência. Acreditando que o calor, a luz, o clima, o meio, enfim, tem ação sobre a variação das espécies, exalta, com a sua autoridade de naturalista, na História Natural dos Animais, a importância desses fatores sobre os seres vivos.

Lamarck e E. Geoffroy de Saint-Hilaire são, porém, os dois naturalistas filósofos que, prestigiando a "ação das condições exteriores", dão àquela noção o seu completo e lógico desenvolvimento. Assim, por sua intuição genial, Lamarck sustenta a influência do meio como um dos fatores primaciais da evolução, apoiada depois pelos neolamarckianos, numa sistematização de demonstrações

Amazônia - a terra e o homem - Página 21 - Thumb Visualização
Formato
Texto