propagação revolucionária começava a ameaçar a região. O morticínio e a deposição das autoridades, verificados respectivamente na primeira e na segunda quedas da Capital, tornavam periclitante por toda parte o princípio da ordem legal. Propagava-se a desordem facilmente, condicionada pela geografia da região. Todos temiam a invasão dos cabanos. Faltava, porém, uma força coordenadora, que só aparece em meados de 1835 na figura guerreira do Padre Sanches de Britto, em Jurity. É "o futuro herói da legalidade no Baixo Amazonas" (Bertino Miranda). Ele já tem a intuição estratégica de que Óbidos deve ser "a base central das operações".
Organiza-se uma grande reação na Baía de Maués, intensificado o bloqueio do Baixo Amazonas. Os cabanos têm seu ponto de apoio perto do Tapajós, em Icuipiranga, onde se entrincheiram. Ambrosio Ayres, estrangeiro de origem misteriosa, residente em Thomar (Rio Negro) e casado com brasileira, secunda Sanches de Britto. Os dois chefes aliam-se e investem contra os cabanos, unificada a sua ação na conferência de Faro (1836). O Baixo Amazonas torna-se teatro das principais façanhas da Cabanagem, constituindo