trabalhar como as formigas, dizia Frei Leandro do Sacramento em seu tempo, disciplinarmente e a cada momento, para o bem coletivo.
Na ciência, como em qualquer outro setor de atividade, o espírito de cooperação é a verdadeira alma dos grandes empreendimentos, de que nos dá exemplo a Flora Brasiliensis de Martius, escrita em 66 anos por 65 botânicos e que sem o dinamismo convergente que a determinou, para aplicar ao caso a expressão de Flahault, não teria sido possível.
E trata-se então de obra essencialmente fitográfica ou descritiva de plantas, com alguns subsídios fitogeográficos e fitotécnicos.
Que dizer a propósito de Fitogeografia do Brasil, implicando estudos especiais de Florística, Fitosociologia, Ecologia, Genética e Geografia Histórica, dependendo de subsídios da Topografia, da Cartografia, da Meteorologia, da Climatologia, da Agrologia, da Biologia, da Botânica Geral, morfológica e psicológica, da Taxinomia, da Biotécnica, etc.?
Já existe um vultoso cabedal de conhecimentos, mas entremeados de lacunas, a preencher mediante observações novas, sendo que por outro lado novos campos de pesquisas se abrem cada dia, como seja, por exemplo, o dos Fitohormônios que iniciado por Haberlandt, quanto a hormônios da divisão celular, se ampliou desde então muito, sendo mais recente a noção dos harmônios de crescimento ou "auxin" de Kogl, a que os autores japoneses chamam "substância enighatica".
A Bioquímica está por isso em grande evidência, tanto mais quanto a Serologia, aplicada às plantas por Mez, em sua escola de Koenigsberg, já chegou a intervir na sistemática, demonstrando que as Monocotiledôneas são derivantes de Dicotiledôneas, ao nível de Ranales e assim,