Fitogeografia do Brasil

em 1914, em \"Chácaras e Quintais\", de São Paulo, a lista completa.

Affonso d\'E Tannay classificou como época aurea da história natural no Brasil o começo do século XX, a época de Martius, Saint-Hilaire e outros, os quais produziram depois as mais importantes obras sobre a flora brasileira, assim Augusto Saint-Hilaire, sua monumental Flora Brasiliae Meridionalis principalmente, e Martius a Flora Brasiliensis sem dúvida o maior monumento da fitografia contemporânea, como tive ocasião de dizer, quando escrevi a biografia do eminente Professor Ignatius Urban, diretor do Museu de Berlim e que foi o último diretor da \"Flora Brasiliensis\"; esta grande obra, em 40 volumes, descreve cerca de 20.000 espécies; elaborada por 65 botânicos, dos mais notáveis de sua época, foi publicada em fascículos, de 1840 a 1906, tendo custado ao governo brasileiro a subvenção de 660 contos e à casa editora outro tanto!

Para ela concorreram, com o material obtido em suas herborizações, muitos botânicos brasileiros, Barboza Rodriques em primeiro lugar, pelo número de espécies novas, mas também altamente valiosa a cooperação material de grande número de outros botânicos patrícios, salientando-se Joaquim Correia de Mello, os Magalhães Gomes,

Francisco Ribeira de Mendonça, Julio T. de Moura, Saldanha da Gama, Freire Allemão, Pizarro, Capanema, Ladislau Netto, Nicolau Moreira, Leônidas Damazio, Alvaro da Silveira, Neres Armund
e outros, sendo também vultoso o respectivo concurso científico, quanto a estudos descritivos.

O eminente Professor Ignatius Urban, de Berlim há pouco falecido e a quem devemos um preito de admiração, tão grande e justo quanto o que já tributamos a Martius, por ter sido o último diretor da Flora Brasiliensis,

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