Fitogeografia do Brasil

INÍCIO E DESENVOLVIMENTO DA EXPLORAÇÃO DE FLORESTAS NO BRASIL

Desde 1501, o pau-brasil começou a ser explorado, primeiro por Américo Vespúcio e depois por Gonçalo Coelho (1503); já nesta época, franceses, espanhóis, alemães e judeus traficavam o pau-brasil que, em 1511, passou a figurar em contratos de arrendamento.

É o que informa Amazonas de Almeida Torres, em suas Breves Notas para o Estudo Florestal do Brasil (Rio, 1925), acrescentando que Fernão de Noronha foi um dos mais notáveis arrendatários do pau-brasil, tendo retirado em 1519 nada menos de cinco mil toras.

É fácil compreender porque são raras, raríssimas hoje, muitas das nossas principais essências, uma vez que, desde 1519, as árvores eram assim derribadas aos milhares, sem replantio.

Hoje temos de procurar corrigir com urgência a devastação assim feita, há quatro séculos, e replantar por ano, no mínimo, um milhão de árvores, em especial indígenas, das que cresçam rapidamente... E as lentas também.

Seria absurdo pretendêssemos voltar ao antigo coeficiente florestal que foi preciso desbravar, para que se estabelecessem cidades, a agricultura, a pecuária, as indústrias em geral; bastará que fiquemos na justa medida, mantendo racionalmente:

1. Florestas protetoras de mananciais.

2. Florestas, na razão de 40%, nas áreas agrícolas, para manterem as condições climáticas favoráveis às culturas, como recomendam os técnicos nerlandeses

Fitogeografia do Brasil - Página 29 - Thumb Visualização
Formato
Texto