Fitogeografia do Brasil

e que, só mesmo convencionalmente e na falta de melhor critério, se pode ainda admitir. A razão única que de acordo com as \"Regras Internacionais de Nomenclatura\", cada espécie pertence a um gênero, cada gênero a uma família e assim por diante.

Não poderão, porém, permanecer essas falsas famílias monotípicas, por serem contra naturam, embora justificáveis à primeira vista pela hipótese de que os gêneros isolados tenham tido antes ou venham a ter co-familiares: o Método Natural, porém, não admite pressupostos, exige que se registe apenas o que se verifica ou o que se sabe ao certo.

O \"Método Natural\" exige preliminarmente:

a) Que não se tenha preocupação da série linear, utópica segundo Angusto Saint-Hilaire.

b) Que as grudações coletivas (tribus, famílias, etc.) sejam constituídas efetivamente de dois elementos, no mínimo, uma vez que, segando Engler, as chamadas famílias monotípicas são contradições ilógicas (\"unlogischen Widerspruch\" — Engler — Syll. d. Pflanzenfam. 10ª ed., 1924).

Quanto ao primeiro ítem, lembro trabalho muito recente de Cuénot, na Sociedade Botânica de França (Bull. 5-6, 1932), evidenciando a irrealidade da série linear.

O referido Autor compara o reino vegetal a uma árvore de ramificação densa e intrincada, de que uns ramos abortam e outros se desenvolvem em sentidos diversos.

Penso no entanto que o Método Natural terá de ser preferentemente cartografado em diagrama, como indicarei adiante e já se está fazendo.

Quanto ao 2° ítem, dos gêneros isolados, ocorre-me citar três exemplos comprobatórios dessa nova orientação taxinômica, básica, a meu ver, do Método Natural.

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