Fitogeografia do Brasil

entre os autores, o que, afinal das contas, aguça ainda mais o desejo de estudar bem o tema.

Por vezes um termo, criado com uma acepção restrita, por arbítrio de quem o criou, adquire depois a acepção ampla a que lhe dá direito a etimologia, ou, em outros casos, o simples encadeamento de fatos ou aspectos correlatos.

Vejamos dois exemplos, os termos simbiose e ravina.

O termo simbiose (do gr. syn = ligação, reunião, e bios = vida). significa vida em comum seus restrições, se com vantagens recíprocas ou só para uma das partes; no emtanto a propósito de Lichenes, vale com simbiose harmônica ou bilateral, enquanto que a vida em comum, de uma erva de passarinho (com haustorios) e seu hospedeiro é uma simbiose desarmônica ou parasitismo.

O termo ravina é um galicimo que indica enxurros, erosões do vertentes, por efeito de enxurradas; estas, descendo pelas encostas, onde causam sulcos (ravinas propriamente ditas), cavam nas planícies outros sulcos de drenagem, em continuidade.

Não é raro que plantas das vertentes continuem às margens dos sulcos de planície; daí decorre que a flora ravina pode ser não só de vertente, como de vale; o termo ravina, originalmente refere-se a erosões em montanha, estende-se assim a sulcos de drenagens nos vales.

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O termo plâncton" (Hensen. 1887 ) designa seres vivos que flutuam à mercê das águas.

Seres idênticos, que as águas intercalaram às areias do litoral ou à terra das margens de rios, lagoas e lugares úmidos, à primeira vista plâncton do seco, mas de fato plâncton da umidade de imbebicão do solo, e por isso

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