Fitogeografia do Brasil

No presente curso, focalizo maiores detalhes e individualizo uma zona que até agora era considerada como de simples transição, entre a flora amazônica e a das caatingas; a zona que ora se individualiza é a dos Cocais ou do Babaçu, no Maranhão, norte do Piauí, de Goiás e de Mato Grosso.

De acordo com o sistema de Engler e ligeira modificação que propus, a flora brasileira divide-se em duas grandes províncias:

1. A Província Amazônica ou Flora Amazônica.

2. A Província Extra-amazônica ou Flora Geral.

I. A Flora Amazônica faz parte da chamada Hylaea de Humboldt, isto é, dessa grande floresta equatorial úmida a que Humboldt chamou Hylaea e que, partindo das vertentes orientais dos Andes, se estende pelo vale do Amazonas e o thalweg de seus numerosos afluentes, prosseguindo ao norte, na zona do Orenoco e nas Guianas.

A nossa flora amazônica é assim a Hylaea brasileira, parte da Hylaea de Humlyoldt; Barbosa Rodrigues chamou-a Amazônina.

A Hylaea não é hoje uma formação exclusivamente sul-americana; uma miniatura da flora amazônica foi recentemente descoberta por H. Pittier em uma região do Panamá; e na África, Engler reconheceu uma Hylaea equatorial africana (Engler - Das Pflanzenwelt Afrikas, 1925), de tipo idêntico, mas diversa pela composição florística.

Na flora amazônica a vegetação mostra-se, à primeira vista, em dois tipos de associações ou mesmo formações, segundo J. Huber:

1. As Matas de Terra Firme, comportando ou não baixadas úmidas ou alagadas (igapós).

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