Fitogeografia do Brasil

2. As Matas de Várzeas, alagadiças e comportando geralmente igapós, isto é, trechos de matas alagadas mais ou menos permanentes.

Além disso verifica-se a existência de áreas campestres inclusas na densa vegetação florestal e mais numerosas no Baixo Amazonas: são campos, campinas, campinaranas e um tipo especial de caatingas no rio Negro, descobertas por Spruce; há também bamburrais e charravascais, semelhantes aos de Mato Grosso.

As caatingas do rio Negro são diferentes das do Nordeste, tendo como principal característica a grande árvore bombacácea Catostema Spruceanum que lhes é exclusiva e cujo diâmetro atinge um metro e meio.

Ao norte do Pico Ricardo Franco (Serra Tumuc-Humac) observei uma floresta clara, de angico (Piptadênia peregrina), com ananás selvagem, que é bem uma caatinga de mimoseas.

Aliás, como diz Bouillenne, há nos campos cerrados da Amazônia várias árvores também do Nordeste.

Os campos amazônicos arborizados (ou savanas na expressão fitogeográfica geral) tem flora idêntica à do Brasil central; propriamente amazônicas ou hyleanas são as campinas, as campinaranas e as caatingas do rio Negro.

A flora amazônica no Brasil não se restringe à Amazônia, isto é, ao território do Acre e aos estados do Amazonas e do Pará; estende-se até as cabeceiras dos afluentes do Amazonas, nos estados de Mato Grosso e de Goiás; penetra o estado do Maranhão até Imperatriz e provavelmente os médios rios Pindaré e Grajaú.

Vulgarmente a Amazônia é dividida em duas zonas: Baixo Amazonas (da boca do rio Negro ao litoral) e Alto Amazonas (da boca do rio Negro até o Acre inclusive).

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