O alto regime pluviométrico, peculiar ao vale amazônico, é a determinante principal da flora hyleana; pelo mesmo motivo, há igual tipo de vegetação na África equatorial; o Professor A. Engler aí reconhece por isso uma Hylaea africana, como já disse.

Vamos estudar a Hylaea brasileira, a que vulgarmente chamamos flora amazônica.

A umidade do solo, variando com a elevação do terreno, determina, na Amazônia, três tipos de florestas e vários tipos de campos, assim:



I. FLORESTAS :

1. Matas de terra firme, em terreno elevado de alguns metros ou mais, tendo como principal característica a castanheira do Pará (Bertholletia excelsa).

2. Matas de várzea, em terreno baixo, alagadiço e que é atingido pelas cheias anuais; frequentes as seringueiras.

3. Matas dos alagados ou igapós, isto é, associação de plantas apresentando-se em terreno alagado, seja em matas de terra firme, seja, (caso mais frequente) nas matas de várzeas e beiras de rios; são aí frequentes o arapary, o tachy, a mamorana, etc.

4. Vegetação arbórea, pouco densa na areia seca, à margem das cachoeiras, entre pedras; aí se encontram plantas xerofilas, algumas campestres, em geral as árvores piriquiteira ou algodoeiro do mato (Cochlospermum orinocense Steud), o angico (Pitadenia peregrina), a caroba (Jacarandá brasiliana), a palmeira piririma (Cocos Syagrus) e também o ananás selvagem (Ananás sativus), dando pequeninos frutos, muito ácidos; também